Na defesa, Portugal cedia espaços aos Estados Unidos e quase levou o empate aos 12 minutos. Dempsey bateu falta com perigo, rente ao travessão. Mais adiantado, em relação à estreia, o meia-atacante era a maior aposta do setor ofensivo norte-americano e levava perigo constante nas jogadas pela direita, lado que concentrava as ações da equipe, com Johnson e Zuzi, substituto do machucado Altidore. Dempsey, quase na condição de centroavante, teve chances de empatar aos 16, aos 17 e aos 26 minutos. Bradley levou perigo em finalização de fora da área, aos 23 e 27. E Johnson também assustou o goleiro Beto, aos 31.
Enquanto o ataque norte-americano trabalhava, o setor ofensivo de Portugal seguia inoperante. E, aos 15 minutos, sofreu mais uma baixa. Helder Postiga, que já estava substituindo o lesionado Hugo Almeida, precisou deixar a partida também em razão de problemas musculares. Foi o quarto desfalque português nesta Copa por lesão. Antes, perdera Rui Patrício e Coentrão. Cristiano Ronaldo, maior esperança da equipe europeia, também não ajudava. O desempenho apagado na estreia se repetia neste segundo jogo. Foram raros os dribles e poucas as finalizações, sem maior perigo ao gol de Tim Howard. Depois do gol, Portugal só ameaçou no fim da etapa. Aos 44 minutos, Nani encheu o pé de fora da área e acertou a trave. No rebote, o goleiro norte-americano fez incrível defesa ao fazer o desvio quando estava caindo, evitando o novo gol português.
Antes do intervalo, o árbitro argentino Nestor Pitana promoveu a primeira parada técnica desta Copa do Mundo, aos 34 minutos. Sob um calor de 30 graus Celsius (66% de umidade), o juiz liberou cerca de dois minutos para que os jogadores se hidratassem em campo. O calor, contudo, não intimidou os norte-americanos. Em desvantagem, voltaram com tudo para o segundo tempo e impuseram correria no ataque. O empate quase veio aos 9 minutos, após grande jogada pela direita. Johnson foi até a linha de fundo e cruzou para Bradley só completar para as redes. Mas Ricardo Costa estava debaixo do gol e tirou a bola na linha. A pressão enfim deu resultado aos 18 minutos.
Depois de escanteio na área, a bola sobrou para Jones, que cortou Nani e encheu o pé para acertar belo chute, no canto esquerdo de Beto. O gol reequilibrou as ações e “acordou” Portugal, que voltou ao ataque. Raúl Meirelles, aos 21, finalizou com perigo. Aos 34, Nani bateu de fora da área, para fora. Antes, Cristiano Ronaldo levara perigo, aos 17, sem marcação, em chute para longe do gol. As chances perdidas deram seu preço aos 35 minutos. Após bate-rebate na entrada da área, Zusi cruzou da esquerda e Dempsey, de barriga, escorou para as redes. Na frente, os Estados Unidos estavam perto da classificação antecipada e da eliminação dos rivais. Parecia o fim da competição para Cristiano Ronaldo e companhia. Mas, depois de desesperados levantamentos na área, o atacante do Real Madrid encontrou a cabeça de Varela, que estufou as redes e deu alívio à torcida portuguesa, ainda viva na Copa do Mundo.