quinta-feira, 21 de agosto de 2014

FAMÍLIA SEM ÁGUA FAZ PROTESTO COM "DESAFIO DO BALDE DE GELO"

"Balde com água aqui em São Paulo é riqueza, é ostentação". Moradores satirizam viral da internet ao usar baldes e canecas vazios

Em São Paulo, a população foi quem recebeu um “balde de água fria” há alguns meses, desta vez no sentido figurado, e nem pôde participar da campanha do ‘balde com gelo’ porque o estado não dispõe do item principal do desafio.
Insatisfeitos, alguns paulistas resolveram chutar o balde e fizeram um protesto super bem humorado, gravando um vídeo onde mostram que o item agora é símbolo de riqueza e ostentação.
Com canos secos há tempos, a população de São Paulo sofre até hoje com o racionamento por conta da falta de planejamento da Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) e da irresponsabilidade do governo do Estado.
A região enfrenta uma estiagem sem precedentes e sem prazo definido para terminar, com proporção tamanha que qualquer obra emergencial para resolver o problema demoraria um tempo inestimável para ser concluída.

A campanha

O desafio do balde de gelo, campanha que viralizou na internet nos últimos dias, mobilizou mais de 28 milhões de usuários de uma rede social. Também foram registrados mais de 2,4 milhões de vídeos compartilhados nesse período. Para propagar a iniciativa, as pessoas filmavam o desafio sendo completado. Chamada de “ALS Ice Bucket Challenge”, a campanha visa chamar atenção para a esclerose lateral amiotrófica (ELA), mal degenerativo também conhecido como doença de Lou Gehrig.

A doença

A ELA é uma doença degenerativa do sistema nervoso que não apresenta cura e tem quadro irreversível. Felizmente, é uma enfermidade pouco comum: afeta 1,5 em cada 100 mil pessoas.
A degeneração dos neurônios motores no cérebro e na medula espinhal limitam os movimentos de pés, mãos e músculos usados para deglutir, falar e respirar. Em estágios mais avançados, pode até paralisar os olhos. Além disso, não há, atualmente, um tratamento capaz de retardar ou barrar completamente o avanço da doença.
Tudo começa pelos sinais de fraqueza muscular, como quedas e perda brusca da força e da velocidade. Outros sintomas são tremores musculares, cãibras, reflexos exaltados, atrofia e diminuição da sensibilidade. A fala enrolada e lenta também é comum. Mas o diagnóstico é demorado: como a doença ainda é pouco conhecida por aqui, há muitos que morrem sem saber que têm a enfermidade.

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