quarta-feira, 8 de agosto de 2012
MORADORES DE PORTÃO RECLAMAM DE FALTA DE SEGURANÇA
Em reunião
com moradores da Rua Jorge Fiúza Batista, no bairro de Portão, na
segunda-feira, 6, o candidato a prefeito de Lauro de Freitas Dr. Márcio
(PP) encontrou a população indignada com a falta de segurança. De acordo
com os moradores, o bairro é marginalizado e por conta disso, nesta
rua, não há sequer serviço de entrega de correspondências.
O
candidato informou à comunidade que uma das primeiras ações em seu
governo será a implantação de uma Guarda Municipal na localidade, além
de melhorias na iluminação da rua para garantir mais segurança aos
moradores. Outra ação será a implantação de uma agência dos Correios no
bairro.
“Eu
conheço a comunidade de Portão é por isso que tenho muita tranquilidade
para vir aqui firmar esse compromisso com vocês. O bairro não será
esquecido por mim e o meu objetivo é melhorar as condições de vida e
fazer vocês sentirem orgulho de morar em Portão”, declarou Dr. Marcio.
O
candidato informou ainda que vai implantar um Posto de Saúde 24 horas,
já que não há nenhum posto no bairro e, em momentos de necessidade, a
população acaba se dirigindo ao Hospital Menandro de Faria.
Para o
lazer, Dr. Márcio garantiu construir uma concha acústica e um parque
para crianças; vai investir também na formação dos jovens, abrindo as
escolas à noite e levando cursos profissionalizantes; e para dar
tranquilidade às mães, afirmou que vai construir duas creches no bairro.
Caso Arielson: Só foi transferido para UTI às 15h30 por ordem do Governador, mas não resistiu
Familiares e
moradores da rua Pequena na localidade de Queira Deus em Portão choram a
morte de Arielson Santos Sena, que foi baleado na cabeça nesse domingo
(5) pela manhã por três homens que atiraram indiscriminadamente na
entrada da sua rua enquanto ele catava feijão. A família está revoltada
com a demora que houve para o representante comercial que não tinha
nenhuma passagem pela polícia ser transferido. Segundo seus familiares,
ele aguardou das 7 horas da manhã até ás 15h30, e só foi transferido
porque uma senhora da comunidade de Portão e o prefeito da sua cidade
natal Baixa Grande, interviram apelando ao Governador Jaques Wagner, que
logo conseguiu uma vaga numa unidade de terapia intensiva (UTI) no
Hospital do Subúrbio, o que não adiantou, pois Arielson faleceu ontem à
tarde.
Outro motivo
de indignação da família de Arielson foi o fato de o Hospital Menandro
possuir uma UTI inaugurada, mas que não pode atendê-lo por estar
fechada, e devido a isso ele teve que aguardar a regulação que não
confirmou a vaga obrigando os familiares a tomar providências paralelas.
“É uma vergonha isso, se ele tivesse entrado na UTI do Menando talvez
tivesse sido salvo, agente teve que apelar para o prefeito da cidade
dele.” Desabafou Gesan, primo de Arielson.
Os populares
se queixam da falta de segurança no local, eles dizem que os confrontos
entre facções criminosas não poupam moradores inocentes, só entre o ano
passado e este ano, mais de dez pessoas morreram da mesma forma que
Arielson. Exibindo cápsulas de balas de diversos calibres como: 38,
.40, 9mm e 380, disparadas por criminosos eles dizem se sentir reféns do
crime e não se sentem protegidos pela polícia.
Familiares
de Arielson Santos Sena confirmaram uma manifestação com moradores de
todo bairro de Portão, que acontecerá na manhã desta sexta-feira (10) na
Estrada do Coco em Lauro de Freitas.
SENADO APROVA DIPLOMA OBRIGATÓRIO PARA JORNALISTAS
O Plenário do Senado aprovou, nesta terça-feira (7), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/2009,
conhecida como PEC dos Jornalistas. A proposta, aprovada em segundo
turno por 60 votos a 4, torna obrigatório o diploma de curso superior de
Comunicação Social, habilitação jornalismo, para o exercício da
profissão de jornalista. A matéria agora segue para exame da Câmara dos
Deputados.
Apresentada pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), a PEC dos
Jornalistas acrescenta novo artigo à Constituição, o 220-A,
estabelecendo que o exercício da profissão de jornalista é “privativo
do portador de diploma de curso superior de Comunicação Social, com
habilitação em jornalismo, expedido por curso reconhecido pelo
Ministério da Educação”.
Pelo texto, é mantida a tradicional figura do colaborador, sem
vínculo empregatício, e são validados os registros obtidos por
profissionais sem diploma, no período anterior à mudança na Constituição
prevista pela PEC.
A proposta tenta neutralizar decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF) de junho de 2009 que revogou a exigência do diploma para o
exercício da profissão de jornalista. De 1º julho de 2010 a 29 de junho
de 2011, foram concedidos 11.877 registros, sendo 7.113 entregues
mediante a apresentação do diploma e 4.764 com base na decisão do STF.
Debate
A aprovação da PEC, no entanto, não veio sem polêmica. O senador
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) lembrou que o STF julgou
inconstitucional a exigência do diploma. Para o senador, a decisão do
STF mostra que a atividade do jornalismo é estreitamente vinculada à
liberdade de expressão e deve ser limitada apenas em casos excepcionais.
Na visão de Aloysio Nunes, a exigência pode ser uma forma de limitar a
liberdade de expressão. O parlamentar disse que o interesse na
exigência do diploma vem dos donos de faculdades que oferecem o curso de
jornalismo. Ele também criticou o corporativismo, que estaria por trás
da defesa do diploma.
– Em nome da liberdade de expressão e da atividade jornalística, que
comporta várias formações profissionais, sou contra essa medida – disse o
senador.
Defesa do diploma
Ao defenderem a proposta, as senadoras Ana Amélia (PP-RS) e Lúcia
Vânia (PSDB-GO) se disseram honradas por serem formadas em jornalismo.
Para a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), a aprovação da PEC
significa garantir maior qualidade para o jornalismo brasileiro.
O senador Paulo Davim (PV-RN) destacou o papel da imprensa na
consolidação da democracia, enquanto Magno Malta (PR-ES) disse que o
diploma significa a premiação do esforço do estudo. Wellington Dias
(PT-PI) lembrou que a proposta não veta a possibilidade de outros
profissionais se manifestarem pela imprensa e disse que valorizar a
liberdade de expressão começa por valorizar a profissão.
Já o senador Antonio Carlos Valadares, autor da proposta, afirmou que
uma profissão não pode ficar às margens da lei. A falta do diploma,
acrescentou, só é boa para os grandes conglomerados de comunicação, que
poderiam pagar salários menores para profissionais sem formação.
– Dificilmente um jornalista me pede a aprovação dessa proposta, pois sei das pressões que eles sofrem – disse o autor.
Valadares contou que foi motivado a apresentar a proposta pela
própria Constituição, que prevê a regulamentação das profissões pelo
Legislativo. Segundo o senador, se o diploma fosse retirado, a profissão
dos jornalistas poderia sofrer uma discriminação.
– A profissão de jornalista exige um estudo científico que é
produzido na universidade. Não é justo que um jornalista seja
substituído em sua empresa por alguém que não tenha sua formação –
declarou o senador.
Agência Senado
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