segunda-feira, 2 de abril de 2012

HOJE É DIA MUNDIAL PELA CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO. LEIA O DEPOIMENTO DE UM PAI

"A minha filha Carolina que é autista agradece. Vejam o meu depoimento sobre a experiência de ser pai de uma autista".
José Carlos Pitangueira Filho

Somos Todos Especiais

Há dez anos recebi um presente divino que mudou definitivamente a minha vida, mas no início esse presente não parecia tão bom assim! Em verdade eu achava que estava sendo punido pela vida e que todo o futuro que eu havia cuidadosamente idealizado se esvaia em sofrimento, angústia e incertezas!

Naquela época minha esposa e eu não compreendíamos porque nós havíamos sido escolhidos para carregar o que parecia uma penitência sem fim. O desespero tomou conta das nossas vidas e arrastou junto as nossas famílias para o mesmo limbo de dúvidas, tristeza e desilusão!

E o sofrimento persistente foi implacável com os nossos corpos, com as nossas mentes e com os nossos corações! Adoecemos física e espiritualmente, e a depressão, em maior ou menor grau, passou a ser uma constante nas nossas vidas! E até Deus pareceu ter nos abandonado tamanha a desesperança que nos abatera impiedosamente!

Mas a despeito de tanto sofrimento, seguimos o curso que a vida havia nos predestinado! E o primeiro momento desta árdua caminhada foi marcado por uma busca insana, desesperada e urgente por respostas e soluções! Acreditávamos que tudo não passava de um grande equívoco e que se nos doássemos além do máximo reverteríamos o quadro e a “normalidade” seria, enfim, restabelecida!

E o resultado desta busca inicial desesperada foi mais adoecimento, mais sofrimento e mais desilusão, porque não havia equívoco nenhum e porque nós não poderíamos mudar o imutável! E sem sombra de dúvidas, esse foi o período mais difícil desta caminhada: aceitar que a nossa filha era uma criança com necessidades especiais!

Durante muito tempo tentamos esconder o óbvio das outras pessoas, tentamos manter em família esse “segredo inviolável” sob o argumento de proteger a nossa filha do preconceito e do estigma da sociedade ignorante! Mais uma luta perdida, esconder o que saltava aos olhos e tentar se adaptar á ignorância alheia! A ignorância se suplanta pela força da informação e pela magnitude de uma causa!

Eis que como um passe de mágica. Num dia que não sabemos precisar qual, uma resignação acalentadora nos fez enxergar as coisas como elas realmente são: fomos presenteados com uma filha com necessidades especiais porque somos pessoas especiais! E cada dia das nossas vidas como pais, até então sofredores, fez de mim e da minha esposa ainda mais especiais! Nos ensinou coisas que de uma hora para outra afloraram nas nossas consciências! E quando olhamos para trás vimos o longo caminho percorrido!

A “aceitação” foi o remédio mais poderoso que poderíamos experimentar sob os nossos corpos e mentes adoecidos! Realmente, um santo remédio poder gritar para todo mundo ouvir: eu sou pai de uma autista e ponto final! Ou melhor, ponto seguimento, porque a partir daí tudo mudou e para melhor!

Encontramos força aonde menos poderíamos imaginar...no próprio autismo! Ou seja, somos pais de uma autista e isso faz da gente guerreiros, e os guerreiros são fortes, destemidos e, sobretudo vencedores!

E a nossa vitória nada mais é do que a felicidade dos nossos filhos, e essa vitória já nasceu garantida, afinal de contas, o que é que um filho pode querer da vida, se não nascer numa família que o ame incondicionalmente, que lute pelo seu bem estar com todas as forças e que o aceite como ele é!

O meu presente divino se chama Carolina, hoje com 10 anos, autista de nascimento e muito feliz por causa da família especial que Deus deu para ela! E a minha filha não vive o ”mundo dela”. A minha filha vive o mundo de amor que a envolve e que certamente ultrapassa toda e qualquer barreira que aparentemente possa existir!

José Carlos Pitangueira Filho
Pai de Uma Autista

Brasil começa a dificultar entrada de espanhóis no país

Os espanhóis que entrarem no Brasil a partir desta segunda (2) serão submetidos às mesmas exigências que a Espanha impõe aos brasileiros. A reciprocidade será adotada após seguidas rejeições de brasileiros que tentaram entrar na Espanha.

Os turistas espanhóis que chegarem ao Brasil devem apresentar passaporte válido por, no mínimo, seis meses, passagem de ida e volta, e documento de reserva em hotel ou carta-convite, em caso de estada em uma residência, com assinatura do anfitrião autenticada em cartório.

Além disso, o turista deve comprovar renda correspondente ao tempo de permanência no Brasil (em torno de R$ 170 por dia), por meio da apresentação de fatura do cartão de crédito, por exemplo. Para barrá-lo, os agentes federais tomaram como base o decreto 86.715, de 1981, que trata da situação jurídica do estrangeiro no Brasil. O artigo 51 diz que o estrangeiro pode ser impedido de entrar por falta de documentação.

No início de março, a brasileira Dionísia Rosa da Silva, 77, que pretendia visitar a filha, foi retida por três dias no aeroporto de Madri, na Espanha. Ao desembarcar com a neta no aeroporto de Barajas, as duas foram chamadas para uma entrevista com um oficial da imigração.

A polícia espanhola afirmou que a filha e o genro de Dionísia vivem em situação irregular na Espanha, e que isso foi determinante para não deixá-la entrar. Além disso, a polícia diz que ela não tinha dinheiro e nem apresentou extrato bancário que comprovasse ter os 70 euros por dia de permanência, mínimo exigido pela Espanha.

A neta que viajava com a avó foi liberada. Ao comentar o caso, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tovar Nunes, disse que a permissão de entrada e concessão de visto é um ato de soberania, mas os direitos dos cidadãos devem ser respeitados.