segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Zambiã e Bankoma levaram cultura negra de Lauro de Freitas para o Carnaval de Salvador


A força da cultura afro de Lauro de Freitas foi expressa nas ruas de Salvador durante o Carnaval, nos circuitos Osmar (Centro) e Batatinha (Centro Histórico), com a apresentação dos blocos afro Bankoma, de Portão, e Zambiã, de Itinga. Nascido há dez anos no Terreiro São Jorge Filho da Goméia, o Bankoma levaram para a Avenida o tema “Mukuni Kia Ngemba” (Semeadores da Paz); já o Zambiã, “O Afro de Itinga” levou expressões da dança negra e do samba de roda.

O superintendente da Promoção da Igualdade Racial (Supir), Ariosvaldo Menezes, ressalta que a presença dos dois blocos no Carnaval de Salvador não representa apenas a força negra de Lauro de Freitas, mas todos os municípios da Região Metropolitana. “São os únicos dois blocos que participam do Carnadal de Salvador que não são da capital. Isso é muito significativo”, ressalta o superintendente, para quem “o apoio e o investimento feitos pela Secretaria de Governo e Supir demonstram que a gente acredita na luta do povo negro”.

O Zambiã desfilou no circuito Batatinha, no dia 12, às 17h, mostrando a força da dança afro, puxados pela banda Meninas do Zambiã, tendo também a participação dos grupos de dança Zuarte e Ki Swing e do grupo de Capoeira Filhos da Bahia, do Mestre Sérgio. No domingo (14), também às 17h, foi a vez de levar para as ruas do Centro Histórico o samba de roda, puxados pelo Fuscão do Samba. “As apresentações do Carnaval são o resultado do trabalho em nossas oficinas realizado durante o ano todo”, disse Fuscão, coordenador do grupo Zambiã.

Fonte Visão Diária

Bankoma leva tradição da cultura afro para o circuito de carnaval de Salvador

Grupo preenche lacuna na folia momesca retratando 'invisibilidade social'.'O Tempo e a Criança' foi o tema escolhido para o desfile nesta quinta-feira.


Com o tema "Tembwa Ye Ndenge", que significa "O Tempo e a Criança", o bloco Bankoma desfilou nesta quinta-feira (16) no Circuito Campo Grande. O objetivo foi preservar a cultura infantil, mostrando as possibilidades de ensino e formação social com base nas matrizes africanas. "É através disso que a criança se projeta no futuro", disse Eliana Santos, coordenadora pedagógica do bloco.


O grupo é conhecido por preencher uma lacuna na folia baiana por evidenciar a presença da cultura afro na sociedade. Atualmente o bloco desenvolve atividades educacionais no Terreiro São Jorge Filho da Goméia. De origem Banto, "Bankoma" significa "reunião de pessoas".
Neste ano, muito blocos estão homenageando a África, tema que é constante na abordagem carnavalesca e cotidiana do bloco. "É importante convergir o trabalho da matriz africana, que precisa ser vista e entendida. Procuramos nosso espaço e o reconhecimento desse trabalho cultural", disse Eliana.(G1)